domingo, 15 de fevereiro de 2009

Falando aos Jovens




O que é defraudação?

O que é defraudação? No sentido geral é privar alguém de um direito, herança ou propriedade. A defraudação aparece como pecado específico em I Ts 4.6. Nos versículos 1 a 8 desse mesmo capítulo, essa palavra aparece significando despertar desejos sexuais na pessoa do sexo oposto, sem poder satisfazê-los devida e licitamente.

Um rapaz que acaricia demasiadamente sua namorada, deixando-a excitada, estará defraudando-a, porque não poderá satisfazê-la. Por não estarem casados, torna-se ilegal e biblicamente incorreta a satisfação de seus desejos. Da mesma maneira, uma jovem que, através da sua roupa decotada e sensual, excita sexualmente um rapaz, pela razão citada acima, comete o pecado da defraudação.

Como podemos afirmar que no texto de I Ts 4.1-8, Paulo está, de fato, tratando desse pecado? Basta estudarmos o contexto da mensagem. Nesses oito versículos o assunto tratado é a prática do sexo pelo crente. O apóstolo fala em santificação corporal pela abstenção da prostituição. Fala também sobre guardar o corpo em santificação e honra para o cônjuge e, não, com o desejo de lascívia. Paulo nos mostra que Deus não nos chamou para a impureza. Ele também nos ensina a não ofendermos ou defraudarmos o irmão. Em todos os versículos onde se fala de sexo, há sempre o envolvimento entre duas pessoas.

Uma análise do versículo 4 do quarto capítulo de I Tessalonicenses: “que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra”. Evitar o defraudar é viver este momento de santificação.

Marcas de Defraudação:

I) A imprudência pode ser outra maneira de provocar defraudação. Bate-Seba despertou os desejos sexuais de Davi ao banhar-se com a janela aberta. Sua imprudência levou Davi a pecar, provocou muitas desavenças familiares e gerou grandes tormentos.

Há muitas maneiras de sermos imprudentes e defraudarmos. Receber pessoas em casa com roupa íntima ou com pouca roupa, trocar de roupa ou banhar-se com portas e janelas abertas, sentar-se em posição incorreta, tudo isso pode defraudar. Há muitas maneiras de se defraudar pela imprudência, mas somos inteligentes o suficiente para sabermos quais são elas e para procurarmos evitá-las ao máximo.

II) A permissividade do mundo atual é outro instrumento que contribui para a defraudação. Os rapazes e moças cristãos acabam permitindo em seu meio certas brincadeiras, tais como piadinhas indecentes, conversas pornográficas e maliciosas, encostadinhas, que podem produzir conseqüências bem desagradáveis. Quando certas brincadeiras passam a se repetir com freqüência, é possível que se transformem em tentações difíceis de se superar e acarretem, posteriormente, sofrimento e dor. Quanta desilusão, quantas dores são provocadas pela permissividade no meio do povo de Deus, das quais, infelizmente, nós, pastores, somos testemunhas!

Nós vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele e disso não podemos nos esquecer. Devemos viver o que está escrito no livro de Romanos: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

III) A defraudação pelo namoro: O namoro tem sido a maneira mais comum de defraudação, pois muitos jovens têm um namoro fora dos padrões de Deus. O problema realmente sério ligado à defraudação no namoro tem sido as atitudes do namoro mundano. O termo “mundano” vem da palavra “kosmos”, usada muitas vezes no Novo Testamento, com o sentido de um sistema de vida com princípios criados pela humanidade sem Cristo. Esse sistema está em contraposição ao sistema de vida segundo a vontade de Deus e encontrado em Sua Palavra, a Bíblia.

O namoro do mundo tem que constar de “beijos ardentes”, “abraços frenéticos”, “carícias íntimas”, e até mesmo, “relações sexuais”. Para muitos, o padrão de namoro é esse. No entanto, as pessoas que têm tal padrão, não apenas se defraudam mutuamente, como também ferem o coração de Deus.

Quase sempre, quando dois jovens começam a namorar, o nível de seu comprometimento espiritual, que nem sempre é alto, cai. As prioridades com o namoro, os amigos, o estudo afastam os jovens da oração e da comunhão com o Deus Vivo.

Os namoros não começam com defraudação. Normalmente os beijos, abraços e carinhos começam aos poucos e superficialmente, mas, com o passar do tempo, eles vão ficando mais freqüentes e mais intensos até ao ponto da defraudação, quando não há mais controle, quando há constante excitação sexual. Nesse ponto, a vida espiritual já caiu, há dor de consciência e muitos outros problemas.

É importante salientar que o homem é vulcânico na sua excitação sexual. O homem, quando fica excitado sexualmente, é facilmente dominado pelo desejo. Esse é o grande perigo da defraudação no namoro.

Sugestões Práticas:

. Evite namorar todos os dias, pois leva o namoro a um relacionamento muito próximo, favorecendo à tentação e à defraudação;
. Ficar a sós um na casa do outro pode ser um grande perigo;
. Não comecem o namoro sem que os dois saibam se é da vontade de Deus;
. Comecem o namoro com muita oração. A cada encontro devem orar juntos;
. Estejam sempre na Igreja, namorando publicamente;
. Busquem conselhos com pessoas mais velhas e mais capacitadas;
. Desenvolvam seus momentos devocionais com Deus diariamente, para louvor, oração, leitura e estudo da Bíblia.

Falando Francamente:

Nossas fragilidades são brechas através das quais o diabo age astuciosamente, procurando destruir tantas vidas quantas possa alcançar. É por isso que há no mundo uma poderosa ação explorando a sensualidade em todos os níveis.

A perda da virgindade durante o namoro não é por outra razão se não esta: excitação sexual no namoro. A defraudação, que começa aos poucos, leva à consumação de um ato sexual impuro e condenável. Nenhuma moça, no pleno domínio de sua vontade, se permitiria perder o controle sobre seu corpo e sobre a situação, a ponto de seu namorado fazê-la perder a virgindade. O preço que se paga é muito alto, não vale a pena! Por mais que os rapazes e as moças digam que com eles não vai acontecer nada, que eles têm autocontrole, que conseguem se dominar e que Deus irá guardá-los, a experiência prova que sem o comportamento adequado, toda determinação não passa de meras palavras. Deus não pode guardar nenhum casal cristão que se comporta, no namoro, como os casais envoltos pelas trevas do mundo. Por isso Paulo exorta: “Foge das paixões da mocidade” (II Tm 2.22). Por que Paulo mandou fugir? Porque nesta questão não existe ninguém forte o bastante para resistir. Se o jovem não fugir, cai mesmo.

Fonte:Ministério Unilar

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